A readequação nos cargos de diretoria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, algumas delas graças a mudanças feitas na mesma resolução que trouxe as novas regras do auxílio-moradia, foi publicada neste sábado no Diário Legislativo. Foram confirmadas as nomeações da mulher e do primo de dois deputados governistas. A expectativa agora é pela regulamentação do adicional para aluguel, que subirá de R$ 2.850 para R$ 4.377,73. E vem mais aumento por aí. A verba indenizatória de R$ 20 mil passará para R$ 26 mil.
O líder do bloco governista Rogério Correia disse que sua mulher é funcionária do Legislativo há 28 anos e negou qualquer influência na promoção. “Só nesse processo de trabalho nas comissões e plenário ela tem 25 anos. É uma ascensão natural e até tardia, se não fosse minha esposa, acredito que já teria sido nomeada antes”, afirmou. O petista disse ainda que o cargo não é novo, mas o de chefe de gabinete que foi transformado e teve poderes ampliados, mantendo o salário. Alegou ainda que não há impedimento na súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata do nepotismo.
Já Luiz Fernando de Souza Cruz deixou função gratificada de gerente geral, com remuneração de R$ 5.952.02. Nos corredores da Casa foi dito que o primo de Sávio seria o diretor da Polícia Legislativa, cargo criado na resolução, mas ele ocupou posto de mesma hierarquia em outro setor. Na Polícia Legislativa ficou Ricardo Bittencourt Sardenberg. O secretário Sávio Souza Cruz também negou ter influenciado a escolha e disse que quem deveria responder pela nomeação do seu primo era o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB). Também no sábado foi nomeado o novo diretor-geral da Casa, Cristiano Félix dos Santos. Ele entra no lugar de Eduardo Moreira.