"Dilma foi uma espécie de mãe do petrolão. Cabe a ela e ao PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à empresa", argumenta o Instituto. Quando, no segundo governo Lula, começava a despontar como candidata do PT à Presidência, Dilma era chamada por seu padrinho de "mãe do PAC".
O texto diz que Dilma se comporta como marionete e segue o script ditado pelo marketing e por "seu tutor" que, no caso, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ITV, Dilma "definitivamente não sabe o que fazer diante da roubalheira sistêmica" que se implantou "sob seu nariz".
Para o PSDB, a presidente "revela-se espectadora e não protagonista de seu governo". "Afirmar que o problema da roubalheira da Petrobras repousa no que supostamente aconteceu na empresa quase duas décadas atrás é afrontar a inteligência dos brasileiros, desrespeitar a nação e zombar das instituições", critica o ITV, afirmando ainda que era melhor que Dilma "tivesse continuado calada" a ter dado a entrevista da última sexta-feira, 20.
A declaração que gerou a revolta dos tucanos foi dada no dia 20, quando Dilma afirmou que "se em 1996 e 1997 tivessem investigado" não haveria caso de funcionários praticando corrupção por tanto tempo, numa referência à gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
"A tática do 'pega, ladrão' (...) é usual no petismo. Sempre que flagrados com a boca na botija, o que tem sido cada vez mais comum, os partidários do mensalão e do petrolão dão um jeito de acusar seus acusadores e de culpar os mensageiros pelo teor ingrato das mensagens. Não cola", acusa o Instituto Teotônio Vilela.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia rebatido a declaração dizendo que Dilma deveria fazer um exame de consciência em vez de tentar encobrir suas responsabilidades..