Brasília - A ofensiva do governo para reagrupar a base aliada, que na noite dessa segunda-feira (23) incluiu um jantar com a cúpula do PMDB e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ganha um novo capítulo na manhã desta terça-feira com uma série de reuniões no Palácio do Planalto.
Os ministros defendem o ajuste fiscal em execução pelo Ministério da Fazenda, que inclui mudanças nas regras do seguro-desemprego, e tentam rearticular a base para evitar uma derrota do governo com a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff sobre a proposta do Congresso de reajustar a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física em 6,5%. Dilma aprovou um reajuste de 4,5% no final do ano, abaixo da inflação, o que deflagrou um motim da base liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), não veio ao café com os ministros. Estão presentes os senadores Omar Aziz (PSD), Humberto Costa (PT), Benedito de Lira (PP), Fernando Collor (PTB), Blairo Maggi (PR), Marcelo Crivella (PRB).
As reuniões ao longo do dia incluem uma reunião de Pepe Vargas com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e os vice-líderes governistas na Casa. O ministro recebe também as lideranças da base na Câmara em um almoço.