Os dirigentes desses partidos alegam que o modelo proposto por Temer - no qual são eleitos os candidatos mais votados em um Estado, sem se levar em conta a votação dos partidos, como ocorre hoje pelo sistema proporcional - enfraquece as legendas e personaliza o processo eleitoral. Para ser aprovada na Câmara, a mudança depende do apoio de 308 dos 513 deputados por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O encontro foi organizado pela deputada Renata Abreu (PTN-SP) que, pessoalmente, não é contra o distritão. A deputada é membro titular da comissão especial e está organizando audiências para debater a reforma.
Segundo o vereador paulistano Laércio Benko, que representou o PHS no encontro de ontem, ficou acertado que os nanicos apresentarão na comissão requerimentos para a realização de audiências públicas nas Assembleias Legislativas, de forma a envolver parlamentares das esferas estadual e municipal nas discussões. "Ninguém discute que não seja necessário uma reforma política, mas ela não é a grande preocupação hoje. A preocupação da sociedade é se tem água na torneira, energia elétrica e com o aumento da gasolina", declarou o vereador.
Ainda de acordo com Benko, a maior parte dos representantes das siglas se posicionou contra o distritão, considerado por ele "um golpe dos partidos grandes". "O distritão é uma excrescência.