A presidente Dilma Rousseff (PT) se comparou, na manhã desta quarta, a uma "mãe e dona de casa" ao explicar o pacote de ajuste fiscal do governo federal, que propõe cortes de despesas e aumento de impostos e que dependem de aprovação do Congresso Nacional. Com as medidas, o governo espera arrecadar R$ 20 bilhões. "Faço ajustes no meu governo como uma mãe e uma dona de casa faz na casa dela", disse a presidente durante discurso em solenidade para a entrega de 920 casas do programa Minha casa, minha Vida, em Feira de Santana, na Bahia.
De acordo com Dilma, as medidas de ajuste fiscal - que encontram resistência até mesmo entre aliados no Congresso, por envolverem restrições a benefícios trabalhistas -, são necessárias para que o país possa retomar um novo ciclo de desenvolvimento econômico. "Por isso, tenho coragem suficiente para fazer as medidas necessárias. Tenho só um compromisso: com a população e a cidadania e com o povo pobre desse pais", explicou Dilma.
Em contrapartida às explicações de corte de despesas com redução de benefícios e aumento de tributos _ relativos ao que incidiu sobre combustíveis, refletido no preço de gasolina, óleo diesel e derivados-, Dilma garantiu que não haverá cortes em investimentos sociais. Ao contrário, ela assegurou que programas como o Minha Casa, minha vida continuam sendo prioridade, anunciando que no próximo mês será lançado a terceira etapa do projeto, criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta quarta-feira, o Estado de Minas publicou matéria sobre atrasos no pagamento a construtoras que executam o programa Minha casa, minha vida, levando à paralisação das obras, resultando em deterioração das casas semi-construídas.