Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou nesta quarta-feira, 25, que o rebaixamento da nota da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody's e a retirada do grau de investimento da estatal brasileira era "mais ou menos esperado" e que isso vai trazer ônus à empresa.
A Moody's rebaixou o rating de crédito corporativo da Petrobras em dois graus, de Baa3 para Ba2, além de cortar todas as outras notas da empresa. Segundo a agência, o rebaixamento reflete uma maior preocupação com as investigações de corrupção que vêm sendo feitas dentro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, assim como pressões de liquidez que podem acontecer em razão do atraso na entrega do balanço auditado, que ainda não tem prazo determinado.
"A Petrobras já causou impacto na economia. Isso vai agravar a situação da própria Petrobras", disse Cunha, apesar de ponderar que há outros fatores que interferem na imagem da economia do Brasil. "O País tem fatores de manutenção de sua estabilidade como fator motivador, como garantidor de investimento".
PEC da Bengala
Após reunir líderes partidários e integrantes do judiciário em sua casa na noite de terça, Cunha disse nesta quarta que ainda não há data para votar a chamada PEC da Bengala - que estende de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores. "Pode acontecer semana que vem ou não. É processo de amadurecimento do debate normal. Acabará sendo votada".