Brasília - Após intensas negociações de bastidores, os partidos da base aliada e da oposição do Senado fecharam o acordo sobre a divisão dos espaços no comando das comissões permanentes do Senado. Maior partido da Casa, atualmente com 18 representantes, o PMDB vai indicar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, e que já ocupa. O partido também manterá o controle do Conselho de Ética, em meio à suspeita de que senadores do partido serão alvo de processos de quebra de decoro parlamentar por suposto envolvimento na Operação Lava-Jato.
A segunda maior bancada do Senado, o PT, hoje com 14 parlamentares, manterá as duas comissões que presidia na legislatura passada, a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Direitos Humanos (CDH).
Com 11 representantes, o PSDB do Senado vai indicar o presidente da Comissão de Relações Exteriores, cargo ocupado até o ano passado pelo PMDB. Com o intuito de fustigar o governo Dilma Rousseff, os tucanos reivindicavam a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, contudo, o cargo acabará indo para o PSD, que só tem quatro senadores.
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte ficará com o PSB, com seis senadores; o PDT, também com seis representantes, presidirá a Comissão de Ciência e Tecnologia; o DEM, com cinco senadores, presidirá a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo; o PP, com também cinco representantes, a Comissão de Agricultura.
Os líderes partidários do Senado estão reunidos neste momento na presidência do Senado a fim de oficializar os cargos que estão reservados para cada um dos partidos. A não ser que haja uma reviravolta de última hora, as escolhas de cada um dos presidentes de comissões não devem ser alteradas. Na chegada à reunião, o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), anunciou que foram fechadas as indicações dos partidos.
A tendência, entretanto, é de que as comissões ainda não sejam instaladas nesta quarta-feira, 25. Os partidos ainda não fecharam quem serão os escolhidos para presidir cada um dos colegiados. No PMDB, por exemplo, três senadores disputam a presidência da CCJ: os senadores José Maranhão (PB), Garibaldi Alves Filho (RN) e Edison Lobão (MA).