O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu na tarde desta quarta-feira, 25, que o rebaixamento, ontem à noite, da nota da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody's para grau especulativo é um desafio adicional para o plano de investimentos da companhia.
Segundo Braga, a mudança também é um alerta para a economia do País, que, adicionou, deve seguir a trajetória de ajuste fiscal.
"O rebaixamento da Petrobras aconteceu dentro de um cenário que conhecemos, de apuração da (operação) Lava Jato. Sem dúvida, é uma dificuldade adicional para o plano de investimentos da Petrobras, que necessitará de uma ação estratégica", avaliou, ao chegar ao ministério nesta tarde.
De acordo com Braga, o governo, sobretudo os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia, trabalharão para que a Petrobras consiga levar adiante seus investimentos, mesmo diante da mudança de rating. "A nova divulgação de balanço da Petrobras é um passo importante", acrescentou.
Para o ministro, o rebaixamento da estatal é um alerta para que o governo continue trabalhando no sentido de promover o ajuste fiscal e evitar que a própria nota do País seja afetada. "A questão fiscal é prioritária e esse rebaixamento mostra o quanto é correto fazermos um ajuste fiscal. O realismo tarifário é correto e mostra a seriedade do governo", completou.
Braga recebe na tarde desta quarta a direção da Eletronuclear, com a informação que a usina de Angra 1 deve ser religada no dia 10 de março. Uma falha em um condensador levou ao desligamento da usina nuclear Angra 1 do Sistema Interligado Nacional há pouco mais de uma semana.
Segundo a Eletronuclear, a parada foi causada por um rompimento num tubo de um dos condensadores que resfriam o vapor usado para mover o gerador elétrico da usina. De acordo com o ministro, o cronograma de obras da usina de Angra 3 também será discutido na reunião de hoje.