Brasília, 26 - Em meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados instalaram nesta quinta-feira, 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara. Os trabalhos devem ser presididos pelo peemedebista Hugo Motta (PB) e a relatoria deve ficar com o ex-ministro da Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ).
Neste momento, parlamentares estão rebatendo o questionamento, alegando que as doações são legais e que não se pode colocar em dúvida a postura dos deputados que as receberam. "Não há doações que tenham sido feitas às escuras", disse o líder do André Moura (SE). "A questão de ordem do deputado Ivan Valente tem toda razão de ser", pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR).
O foco da CPI é investigar as irregularidades na Petrobras entre 2005 e 2015, denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobras na África.
A CPI tem 27 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120 dias.