O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que teve a casa invadida. Segundo Janot, sua residência em Brasília foi arrombada por criminosos que permaneceram no local por quase 10 minutos. "Tinha lá uma pistola .40 com três carregadores, máquina fotográfica e tudo quanto é coisa de valor. E a única coisa que foi levada foi o controle do portão", revelou. O procurador participa de ato de repúdio na cidade mineira pelo atentado contra o promotor Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, baleado no último sábado, em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba.
"Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção", disse Janot. Uma reunião da equipe de segurança do procurador-geral foi realizada nessa quinta-feira para reforçar o esquema de proteção. Em sua fala, o procurdor afirmou não saber as possíveis motivações das ocorrências.
Sobre a insegurança do chefe do Ministério Público Federal, o ministro da Justiça, Luiz José Eduardo Cardozo, chegou a se reunir com Janot. Um dos motivos para a visita seria a segurança do procurador.
Na próxima semana, o procurador-geral da República deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de políticos que devem ser investigados por denúncia de envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras, apurado por meio da Operação Lava Jato. Questionado se acredita que o risco que corre teria relação com o caso, Janot foi sucinto: "Não sei. Isso eu não posso dizer".
Com Agência Estado