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Estado de Minas

Cerveró tem Range Rover igual a dada por doleiro a Paulo Roberto

Paulo Roberto Costa, ex- diretor de Abastecimento da Petrobras, ganhou um Range Rover do personagem central da trama de corrupção na estatal, o doleiro Alberto Youssef


postado em 02/03/2015 12:19 / atualizado em 02/03/2015 12:29

O doleiro Alberto Youssef pagou R$ 250 mil por Uma Range Rover Evoque (foto). A nota fiscal foi faturada em nome de Paulo Roberto Costa(foto: Land Rover/Divulgacao)
O doleiro Alberto Youssef pagou R$ 250 mil por Uma Range Rover Evoque (foto). A nota fiscal foi faturada em nome de Paulo Roberto Costa (foto: Land Rover/Divulgacao)

Curitiba - Dois ex-diretores de áreas estratégicas da Petrobras, alvos da Operação Lava-Jato, têm mais uma coisa em comum, além da acusação de corrupção que pesa contra ambos: o gosto por carros de luxo, no caso a Range Rover Evoque.

Paulo Roberto Costa, ex de Abastecimento, ganhou um carrão desses do personagem central da trama de corrupção na estatal, o doleiro Alberto Youssef. A compra ocorreu no dia 15 de maio de 2013. O doleiro pagou R$ 250 mil. A nota fiscal foi faturada em nome de Costa.

Agora se sabe que Nestor Cerveró, ex de Internacional, também tem a sua Range Rover. Na declaração de Imposto de Renda que entregou à Receita Federal, exercício 2013, Cerveró informa que pagou R$ 203 mil pelo veículo.

Tanto o importado de Paulo Roberto Costa quanto o de Cerveró foram adquiridos na mesma loja, AutoStar, em São Paulo. Os dois ex-diretores, contudo, moravam no Rio de Janeiro.

A Range Rover do ex-diretor de Abastecimento foi confiscada pela Justiça Federal.

Em janeiro de 2015, foi decretado o bloqueio de ativos de Cerveró no valor de R$ 106 milhões - correspondente à propina de US$ 40 milhões que ele teria recebido na contratação de navios sondas da Petrobras.

Os dois ex-diretores estão presos. Cerveró cumpre prisão preventiva na sede da PF em Curitiba, base da Lava-Jato. Ele é réu em duas ações penais por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Costa fez delação e, como prêmio, ganhou prisão domiciliar. Mas ainda responde a acusações formais pelos mesmos delitos atribuídos a seu ex-colega de cúpula da estatal.


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