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Estado de Minas

Custos de campanhas precisam de freios, diz Jorge Bornhausen


postado em 02/03/2015 18:49

São Paulo, 02 - O ex-senador Jorge Bornhausen defendeu, nesta segunda-feira, 2, que haja limites para custos de campanhas, especialmente no que se refere aos programas televisivos dos partidos. Ele participou de um evento, ao lado do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), em que o ministro havia defendido o fim das coligações para eleições proporcionais e a cláusula de barreira.

"A sugestão do ministro Kassab é uma boa sugestão. Vote-se o fim da coligação na eleição proporcional e vote-se o retorno da cláusula de desempenho. E se quiser acrescentar alguma coisa mais fácil de votar, é a diminuição dos custos de campanha, que precisa de alguns freios sobre essa posição atual, em que há um gasto excessivo em relação à televisão", disse Bornhausen a jornalistas no fim do evento.

O ex-senador, que foi presidente do PFL nos anos 1990, também criticou a falta de regulamentação de doações de campanha. Para Bornhausen, deveria haver um teto de doações e as companhias só poderiam doar para um candidato. "Você deve doar quando você acredita nas ideias de um partido, de um candidato. Quando você vê alguém doando pra dois, três, quatro, cinco candidatos, está apostando num seguro de quem ganhar não vai atrapalhar sua vida. Não está correto."

Bornhausen, que diz estar afastado da política desde 2007, avalia que o cenário para aprovação de uma reforma política hoje é "muito difícil". "Em momentos de mais tranquilidade, não se conseguiu aprovar uma reforma, mas acho que o esforço deve haver", ponderou.

Questionado pelos jornalistas, Bornhausen fez críticas ao governo Dilma Rousseff, lamentando a instabilidade política e a situação econômica do País. "Vejo com apreensão o momento que estamos vivendo. Em vez de um início de governo, parece um fim de governo", observou.

Bornhausen disse não considerar adequada a discussão de impeachment mas elogiou manifestações contra a corrupção. "Falar em impeachment neste momento não é uma coisa adequada, porque está se iniciando um mandato. Agora, as manifestações, contra corrupção, contra o que está havendo e houve na Petrobrás, acho legítimas, justas e merecem o meu aplauso."


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