Brasília - A presidente Dilma Rousseff está preocupada com o agravamento das retaliações no Congresso após a apresentação da lista da Procuradoria-Geral da República. O temor é que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não apenas culpem o governo por estarem citados na lista como inviabilizem qualquer votação de interesse do Executivo, criando um clima de instabilidade política. Nesta quarta-feira,4, a presidente se reúne com líderes do Senado e da Câmara a fim de acalmar os ânimos.
Ajuste
Dilma também fará concessões em projetos a fim de evitar novas derrotas que comprometam seu ajuste fiscal. Já aceita afrouxar prazos estabelecidos em duas Medidas Provisórias editadas em dezembro - a 664 e a 665 - que integram seu plano de ajuste. O Planalto aceita diminuir, por exemplo, a carência para o pagamento do seguro-desemprego.
O modelo antigo estabelecia carência de um semestre, mas o texto do Executivo altera para 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira e é justamente esse novo prazo que será flexibilizado para obter aprovação do Legislativo. O governo também deve concordar em flexibilizar a carência para o recebimento de pensão por morte. Antes da medida provisória, não havia carência para esse tipo de benefício. Agora, o pagamento depende de um período de carência de no mínimo 24 contribuições mensais.