O requerimento, proposto pelo DEM, foi aprovado por 280 deputados, 102 contra e quatro abstenções. A oposição avisou que pedirá à Procuradoria da Câmara para que entre com interpelação judicial contra Cid.
Só PT, PCdoB, PDT e PROS (partido do ministro) orientaram voto contra a proposta e tentaram durante toda a sessão converter o requerimento de convocação em convite. A liderança do governo liberou a base aliada para votar livremente. "Não é necessário ser desta forma", apelou o líder do PROS, Domingos Neto (CE).
O líder governista José Guimarães (PT-CE) reconheceu a frase do ministro foi "infeliz", mas disse que não era necessário tensionar mais a relação entre governo e Parlamento. "Foi uma palavra que saiu e que não volta mais, como uma flecha", concordou o líder do PT, Sibá Machado (AC).
A oposição se aliou ao PMDB na alegação de que o ministro foi "mal educado e desrespeitoso" com a Câmara. "Temos que mostrar que esse Parlamento se respeita", defendeu o líder do PSC, André Moura
(SE).
No evento no Paraná, Cid criticou a eleição do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara e disse que os "300 ou 400 parlamentares" querem um governo mais frágil para achacá-lo. "Ele vai ter que vir aqui explicar quem são os achacadores do Congresso.
Em retaliação, o peemedebista retirou de pauta o projeto do MEC que cria Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). O projeto visa criar uma entidade para avaliar e regular as faculdades no País. Cunha avisou que o tema só retornará à pauta se a presidente Dilma Rousseff solicitar a urgência formalmente. A votação era um pedido do ministro..