A presidente do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, em uma postagem nas redes sociais, disse que o governador não honrou o compromisso de campanha e está “loteando” o governo para “construir sua governabilidade. “ O castelo de poder construído assim, uma hora desmorona. É só ver a conjuntura nacional. O governo e o PT perderam a oportunidade de fazer diferente, de construir com a participação da categoria, que não está apadrinhada por um mandato ou por partido político”, afirmou Beatriz. O clima entre o sindicato e o governo azedou e a reunião agendada para essa quinta-feira para discutir a implantação do piso salarial da categoria foi desmarcada. Os professores fazem uma assembleia geral no dia 31 de março e parte da categoria já defende paralisação.
Entre os nomeados para as diretorias das SREs estão indicados pelos secretários de Governo, Odair Cunha, de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Paulo Guedes, do vice-governador Antônio Andrade e também pelos deputados federais Wellinton Prado (PT), Reginaldo Lopes (PT) e Mauro Lopes (PMDB) e pelos estaduais Geisa Teixeira (PT), Elismar Prado (PT) e Deiró Marra (PR).
Em Varginha, por exemplo, o eleito foi Abdon Guimarães, que integra a direção da Central Única dos Trabalhadores em Educação (CUT-MG), mas a nomeada para a superintendência foi Arlete Ribeiro Ramos Gomes, indicada por Geisa Teixeira. O temor do Sind-Ute é que esses superintendentes interinos permaneçam como titulares das SREs. Procurado pela reportagem, Odair Cunha, um dos responsáveis no governo por avalizar todas as nomeações, não quis dar entrevista. Disse apenas, por meio de uma nota, que respeita a posição do SIND-UTE e “reitera a importância de dialogar com todas as forças que dão sustentação ao governo de Minas”. A secretária de Educação, Macaé Evaristo, e a presidente do Sind-Ute também não quiseram comentar o assunto. Por meio também de uma nota, Macaé disse que “as indicações para diretorias de superintendências regionais de ensino são feitas a partir de um processo de diálogo que envolve representantes da área educacional e lideranças políticas das regiões”.
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