A Prefeitura de Montes, um dos alvos da Operação Catagenesis, ficou fechada ontem por quase duas horas para que técnicos da força-tarefa do Ministério Público, auditores da Receita e da Polícia Civil fizessem a busca de documentos para continuidade das investigações. O município está entre os investigados em razão da elevação no consumo de combustível. O prefeito Ruy Muniz informou que, acompanhado da procuradora do município, Marilda Marlei Barbosa, recebeu os investigadores “com tranquilidade” e franqueou livre acesso às instalações e documentos da prefeitura. Ao negar qualquer irregularidade, Muniz aproveitou para reafirmar seu compromisso “com a transparência e tolerância zero com o errado”.
Também investigado, o prefeito de Bocaiuva, Ricardo Veloso (PSDB), negou, por meio de nota, irregularidades na transação. Os agentes estiveram no setor de transportes e no centro administrativo municipal da cidade. Veloso informou que está “colaborando” e “prestando todas as informações solicitadas” e que “mantém-se tranquilo” quanto aos procedimentos legais para a contratação de empresas que prestam o serviço de fornecimento de combustível para a frota municipal. Esclareceu ainda que “as contratações das empresas fornecedoras são feitas mediante processo licitatório, em que vencem as com melhores propostas (menores preços)”.
Números da operação
» 19 prefeitos investigados
» R$ 20 milhões de recursos públicos desviados entre 2011 e 2013
» 260 homens da Polícia Civil
» 103 auditores fiscais
» 100 técnicos do Ministério Público Estadual
» 67 mandados de busca e apreensão
» 21 postos revendedores de combustível investigados
» 20 emissores de cupom fiscal apreendidos
» 45 computadores apreendidos nos postos
» 400 pessoas serão ouvidas até hoje
» 5 presos por porte ilegal de arma
Fonte: Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado da Fazenda e Polícia Civil de Minas Gerais