Segundo Cascais, o pedido tem caráter institucional, "uma vez que ele (Renan Calheiros), como presidente do Poder Legislativo, deveria ter sido informado pelo PGR dos elementos contra ele", declarou o advogado, acrescentando que uma informação prévia ao senador serviria para que ele prestasse esclarecimentos. "O presidente entendeu que era momento de pedir ao ministro Teori (Zavascki) que desse vista dos autos antes de ele decidir pela aberta inquérito", declarou.
A expectativa é de o relator do caso da Lava-Jato no Supremo, o ministro Teori Zavascki, decida nesta sexta-feira, 6, sobre os 28 pedidos de inquérito e sete pedidos de arquivamento apresentados por Janot na última quarta-feira. A reportagem apurou que pelo menos 45 políticos serão alvo de inquéritos no STF.
Na quinta-feira, Calheiros já havia se queixado em entrevista sobre não ter sido avisado pelo procurador de que estaria na lista de investigados no esquema de corrupção. "Lamento que o Ministério Público não tenha ouvido as pessoas como é praxe para que as pessoas questionadas possam se defender, apresentar as suas razões", disse o presidente do Senado.
Cunha
Também esta semana, o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou com pedido no STF para ter acesso aos autos da Operação Lava-Jato. O jornal O Estado de S. Paulo também confirmou que Cunha está entre os parlamentares que serão investigados.