Brasília - O advogado-geral do Senado Federal, Alberto Cascais, entrou com um pedido de vista para que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenha acesso aos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira, 3, o jornal O Estado de S. Paulo confirmou que o senador está entre os 54 nomes para os quais o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito por suposto envolvimento do esquema de corrupção da Petrobras.
A expectativa é de o relator do caso da Lava-Jato no Supremo, o ministro Teori Zavascki, decida nesta sexta-feira, 6, sobre os 28 pedidos de inquérito e sete pedidos de arquivamento apresentados por Janot na última quarta-feira. A reportagem apurou que pelo menos 45 políticos serão alvo de inquéritos no STF.
Na quinta-feira, Calheiros já havia se queixado em entrevista sobre não ter sido avisado pelo procurador de que estaria na lista de investigados no esquema de corrupção. "Lamento que o Ministério Público não tenha ouvido as pessoas como é praxe para que as pessoas questionadas possam se defender, apresentar as suas razões", disse o presidente do Senado.
Cunha
Também esta semana, o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou com pedido no STF para ter acesso aos autos da Operação Lava-Jato. O jornal O Estado de S. Paulo também confirmou que Cunha está entre os parlamentares que serão investigados. O deputado anunciou também esta semana a contratação do ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza para defendê-lo por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras investigado na Lava-Jato.