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Estado de Minas

'A condução desse processo até agora foi um vexame', diz vice do Senado


postado em 06/03/2015 14:07 / atualizado em 06/03/2015 15:34

(foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
(foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), cobrou nesta sexta-feira a quebra de sigilo da lista encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com os nomes dos parlamentares que deverão ser investigados por supostos desvios ocorridos na Petrobras, conforme apurado pela Operação Lava Jato. A divulgação dos nomes pode ocorrer ainda hoje, após determinação do ministro Teori Zavascki, relator dos processos referentes à Lava Jato no STF.

"A condução desse processo até agora foi um vexame. É uma lista fantasma. O Supremo não tem de quebrar o sigilo, porque o sigilo já foi quebrado há meses. Há um joguete de nomes que é inaceitável. É uma hipocrisia o que o Brasil está vivendo em um dos casos mais graves (de corrupção). O Estado de Direito do Brasil está ameaçado hoje. O Supremo e o procurador-geral têm que dar transparência, têm que assumir o controle para dar transparência aos fatos", disse Jorge Viana.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) defendeu que não haja um pré-julgamento aos parlamentares citados na lista, uma vez que a tendência é que ocorre apenas um pedido de abertura de investigação para se coletar mais informações sobre o envolvimento de cada um dos parlamentares. "A mesma régua que aplicamos aos nossos adversários é a mesma régua que deve ser aplicada aos nossos correligionários. Mas não podemos fazer um linchamento moral. É preciso rapidez nas investigações. A prudência é necessária", ressaltou, Ana Amélia.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na última terça-feira (3) a investigação de 54 pessoas com ou sem foro especial perante o STF. Conforme revelou ontem , aproximadamente 45 desses nomes são de deputados e senadores com mandato. Já se sabe que estão na lista de futuros investigados os presidentes da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL).


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