Assim como Marta, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) vem dando sinalizações de que quer deixar a legenda. A aliados, ele tem reclamado de falta de espaço no PT e tem dito que a presidente Dilma Rousseff deixou de lado lideranças históricas do partido.
Segundo Delgado, na reunião de lideranças do PSB realizada nesta quinta-feira, 5, em que o presidente paulista da legenda Márcio França comunicou que a vinda de Marta está 99% certa, não houve tempo pra debater a questão, nem se falou em quais nomes Marta poderia levar consigo. Mas ele conta ter ouvido relatos preocupados nas últimas semanas. "A gente ouve alguns nomes aqui e ali, como o de Vaccarezza, e isso gera preocupações em tempos de Lava Jato", disse Delgado.
Vaccarezza teve seu nome citado nas investigações da Polícia Federal em contato telefônico com a mulher do executivo José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da construtora OAS. O executivo é réu da Lava Jato e está preso desde novembro. Em sua delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que o ex-deputado teria recebido propina de R$ 400 mil por um contrato de importação de asfalto da estatal com a empresa Sargent Marine.
Integrantes do PSB ouvidos pela reportagem relataram que a ida de Marta para disputar as eleições municipais da capital paulista em 2016, apesar de não ser aprovada com unanimidade pelo partido, deve ser facilmente aceita.