A LISTA DE JANOT

Cunha diz que Janot agiu como se todos fossem parte da 'mesma lama'

Presidente da Câmara afirma que não há problemas em ser investigado. Teori Zavascki, ministro do STF, aceitou o pedido de abertura de inquérito da procuradoria-geral da República

Estado de Minas

- Foto: Reprodução/Twitter

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha reagiu indignado neste sábado à inclusão de seu nome na lista que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, Cunha, em que ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em seu perfil no Twitter e no Portal Eduardo Cunha ele afirma que desmente todas as afirmações da Procuradoria Geral da República contidas na petição e diz que 'O procurador-geral da República agiu como aparelho, visando à imputação política de indícios como se todos fossem partícipes da mesma lama. É lamentável ver o procurador, talvez para merecer a sua recondução, se prestar a esse papel", afirma.

O parlamentar diz ainda que 'Após ler o inquérito, a mim não restou qualquer dúvida de que ter novo depoimento do delator dez dias após eu me eleger, e usar como referência a história do policial — e pasmem — doações oficiais de campanha como indícios de que esse inquérito foi proposto por motivação política — é mais uma alopragem que responderei e desmontarei com relativa facilidade''.

Entre os pontos contestados pelo deputado estão as doações oficiais de campanha de empresas envolvidas em corrupção.'E não cessa o absurdo, ao misturar a doação à minha campanha com várias doações de empresas ao comitê financeiro do PMDB como se fossem minhas. Neste ponto, há dois grandes absurdos: o primeiro é criminalizar a doação de campanha por ser de empresa envolvida no suposto esquema de corrupção. Imaginem só todas as campanhas majoritárias, incluindo a da Dilma, a do Aécio e todas as outras? Também receberam doações destas empresas. Por que, então, não abriram inquérito contra todos que receberam doações dessas empresas?", questiona.


Para Cunha, ''é uma piada essa peça do procurador e causa estranheza que não tenha me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe", rebate.

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