Brasília - A presidente Dilma Rousseff vai reunir neste domingo o núcleo político do Palácio do Planalto para discutir os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que na sexta-feira, 6, ganhou um novo capítulo com a divulgação dos nomes de 34 parlamentares que serão investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
A reunião está marcada para as 16h30, no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Participarão os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
O ministro Cardozo deve apresentar um resumo da defesa apresentada por ele nesse sábado (7) à imprensa, a respeito da citação ao nome de Dilma nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O STF não abriu inquérito contra a presidente, mas os relatos de desvios na estatal para a campanha do PT em 2010 foram mantidos no pedido de abertura de inquérito contra o Antônio Palocci à Justiça do Paraná, pelo suposto pedido de R$ 2 milhões para o comitê petista.
O nome de Dilma consta do despacho do ministro Teori Zavascki, do STF, que autoriza a abertura de inquérito investigando a senadora Gleisi Hoffmann. Mas Zavascki faz menção apenas para frisar que "nada há a arquivar em relação à presidente da República".
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, registrou na petição que Yousseff afirmou que o ex-presidente Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras. Cardozo afirmou ontem, citando Teori Zavascki, que "não há indício para abrir nenhuma investigação" contra a presidente.
Está marcada outra reunião para a manhã desta segunda-feira, 9, no Palácio do Planalto, às 9h30. Neste encontro, o vice-presidente Michel Temer será um dos convidados. Temer não foi convocado para a reunião deste domingo, quando Dilma deve se concentrar em avaliar os desdobramentos da Lava Jato sobre o governo..