Em pouco tempo, os protestos cresceram com adesões espontâneas oriundas de uma corrente de insatisfação generalizada pelas redes sociais.
A onda que parecia grande quebrou antes das eleições, mas começou a se formar novamente no 2º turno da sucessão presidencial de 2014. Desta vez, porém, o "contra tudo que está aí" foi substituído pelo antipetismo. E pela primeira vez em sua história o PSDB colocou milhares de pessoas nas ruas em defesa da candidatura de Aécio Neves (PSDB).
Foi logo depois do 2º turno, com a vitória da presidente Dilma Rousseff sobre Aécio numa eleição apertada, que as primeiras organizações virtuais antipetistas começaram a ganhar status. Nas duas manifestações do ano passado depois do 2º turno, eram apenas três os grupos que comandavam os atos com carros de som: Vem pra Rua, Brasil Livre e Revoltados On Line; um quarto grupo defendia a intervenção militar.
Agora, já são pelo menos 20 grupos diferentes, entre eles um chamado "Onda Azul", que é diretamente ligado ao PSDB. Entre outros estão Acorda Brasil, Brasil Melhor e Quero me Defender. O foco atual desses grupos é realizar um grande ato de rua para o dia 15 de março para protestar contra os casos de corrupção e pedir o impeachment da presidente Dilma.
Líder do Vem pra Rua, um dos principais movimentos de oposição, Rogério Chequer diz que o movimento tem dialogado com outros grupos como Brasil Livre, Revoltados On Line e Quero me Defender. "Os outros são muito pequenos e o Onda Azul é do PSDB", diz.
Apesar de minimizar a agenda conjunta, o líder do Vem Pra Rua diz que o panelaço deste domingo nasceu a partir do diálogo entre esses grupos. "Fizemos uma ação motivando os grupos a organizar o panelaço. Aqui no Itaim-Bibi (bairro de classe média alta) o barulho vinha de todos os lados", relata Chequer..