Brasília - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira que o "panelaço" realizado nesse domingo, 8, durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff ocorreu em cidades e em bairros onde a petista perdeu as eleições "por uma grande diferença" e, em defesa da petista, disse que não há "terceiro turno" eleitoral.
Durante discurso de Dilma em cadeia nacional de rádio e televisão em homenagem ao dia da mulher, foram registradas manifestações contra o governo em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. A dimensão do ato pegou o Palácio do Planalto de surpresa. A presidente aproveitou o pronunciamento para defender o ajuste fiscal em curso.
Depois de participar de uma reunião nesta manhã com o núcleo político do governo, Mercadante foi escalado para comentar os protestos e defender Dilma. Ele argumentou que Dilma sempre usa a cadeia de rádio e televisão para o dia da mulher e destacou que toda manifestação pacífica "é um direito da população", mas pediu que não haja "intolerância" ou "radicalismo". Ele demonstrou ainda "preocupação" com o momento pelo qual o País atravessa: recém-saído de uma eleição "bastante polarizada", com momento de "radicalização".
"Precisamos construir uma cultura de tolerância, de diálogo e respeito. Uma agenda de convergência é fundamental para o País poder superar dificuldades conjunturais o mais rápido possível, garantir a estabilidade (econômica) e a retomada do crescimento".