Segundo informação do jornal "O Globo", Paulo Roberto Costa afirmou na delação premiada que arrecadou R$ 30 milhões em recursos para caixa 2 da campanha de Cabral governador e Pezão vice. Os recursos teriam vindo de empresas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e seriam pagamento de propina do esquema montado entre empreiteiras, políticos e executivos da estatal. O jornal informa que, segundo Costa, o consórcio Compar, formado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC, deu R$ 15 milhões à campanha de Cabral e outros R$ 15 milhões foram pagos por empresas como Skanska e Alusa. "Nunca ouvi falar dessas empresas", disse Pezão sobre a Skanska e a Alusa. O governador afirmou que Cabral emitirá uma nota ainda nesta segunda-feira.
Pezão disse que continua sem qualquer informação oficial sobre uma possível investigação que envolva seu nome na Operação Lava Jato. "Não recebi nenhuma informação. Não vou contratar advogado se não houve nenhuma notificação, nenhuma informação", afirmou o governador.
No início da tarde, ao chegar à Associação Comercial do Rio para um almoço em que o homenageado foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Pezão reiterou que está à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento e que suas campanhas não foram financiadas com recursos de caixa 2. O governador disse que nunca pediu a Paulo Roberto Costa nem a qualquer executivo da Petrobrás ajuda para campanhas eleitorais. Cunha está entre os 34 parlamentares que serão investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema da Petrobras.
Em nota, o ex-governador também rechaçou as declarações. "É mentirosa a afirmação do delator Paulo Roberto Costa. Essa reunião jamais aconteceu. Nunca solicitei ao delator apoio financeiro à minha reeleição ao governo do Estado do Rio. Todas as eleições que disputei tiveram suas prestações aprovadas pelas autoridades competentes.