Pedro Barusco, delator da Lava-Jato, chega à Câmara para depor na CPI da Petrobras

A convocação de Barusco, como primeiro depoente da CPI, foi fruto de um acordo entre deputados da oposição e do governo

Estado de Minas
O depoimento do engenheiro Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras será iniciado na por volta das 10h desta terça-feira.
Barusco, que também é delator da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, já chegou à Câmara. Nessa segunda-feira o engenheiro havia pedido que seu depoimento fosse tomado em sessão secreta, mas os deputados decidiram manter a sessão aberta.

Em sua delação premiada à Justiça, entre outras afirmações, Barusco declarou ter recebido, desde 1997, propina de empresas que mantinham contrato com a Petrobras, e que, a partir de 2003, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, passou a participar do esquema – segundo o delator, Vaccari teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propinas para o PT entre 2003 e 2013.

O deputado Affonso Florence (PT-BA) disse que o simples depoimento de Barusco não serve de prova contra o partido. "Não é um réu confesso, em delação premiada, que vira juiz. Então, ouvi-lo não significa que quem ele citou está condenado”, argumentou. “Significa que quem ele citou tem direito a defesa. Temos de encarar isso com parcimônia, sem ‘espetacularizar’ e transformar em herói réu confesso", completou.

A convocação de Barusco, como primeiro depoente da CPI, foi fruto de um acordo entre deputados da oposição e do governo. Depois dele, serão ouvidos os ex-presidentes da Petrobras Sergio Gabrielli e Graça Foster.

Com Agência Câmara .