A presidente Dilma Rousseff, em sua segunda aparição depois de seu pronunciamento do Dia Internacional da Mulher, que aprofundou a crise política, teve que enfrentar uma vaia insistente ao visitar nessa terça-feira (10) os estandes do 21º Salão Internacional da Construção, que foi aberto em São Paulo. No evento, fechado ao público, a demonstração de descontentamento partiu de empresários e funcionários do setor reunidos no pavilhão de exposições do Anhembi. A hostilidade não chegou a ser surpresa, já que todos os corredores da exposição estavam isolados pela segurança, que garantiu uma distância entre a petista e sua comitiva presidencial e os participantes do encontro. Mesmo com a reação negativa, a presidente Dilma minimizou a crise enfrentada pelo país. “O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo”, disse.
A visita da presidente às exposição, no entanto, foi encurtada, diante da reação dos presentes que gritaram palavras de ordem como “fora Dilma !”. Sem disfarçar o constrangimento, Dilma percorreu apenas uma pequena parte da exposição depois retornou ao carro. Ao chegar ela conduzida ao auditório Elis Regina onde participou da solenidade oficial de abertura. Com capacidade para 799 pessoas, o local não tinha metade da lotação, quando ela foi anfitrionada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Coven. Ao finalizar o discurso, Dilma ainda tentou angariar simpatizantes, ao afirmar que sem ajuda do empresariado, o governo não conseguirá avançar em suas propostas.