A saída política para o impasse, que começou na semana passada, foi costurada pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. A bancada evangélica, que tem força na comissão, concordou em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ).
"Vamos montar a chapa para mostrar que o Congresso é lugar de consenso. Isso é um sinal ótimo para a sociedade", declarou Feliciano. Acusado de ter feito declarações racistas e homofóbicas, o polêmico deputado ocupou a presidência da comissão durante o ano de 2013. "A sociedade tem que entender que o papel da política é o diálogo", concordou Jean Wyllys.
Contra o PT, a última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação da indicação do deputado Anderson Ferreira (PR-PE).
Na semana passada, um impasse impediu a eleição da Mesa da CDHM. O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura contrariando o acordo de líderes. Com a insistência de Sóstenes, o PSD decidiu colocá-lo na suplência da comissão de modo a impedir sua candidatura. O parlamentar chegou a entrar com uma liminar na Justiça para disputar a eleição, mas a ação ainda não foi julgada.
A reunião para eleição da Mesa da CDHM chegou a ser aberta na tarde desta quarta-feira, 11, mas em seguida foi suspensa por causa do andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional..