Segundo o MST, uma das bandeiras das camponesas é a celeridade na solução dos problemas de 130 mil famílias acampadas em todo o Brasil. Elas reclamam que já se passaram quase três meses do segundo mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff sem nenhuma posição sobre o tema. "Algumas famílias estão há 10 anos à beira das rodovias e debaixo do barraco de lona preta", diz o informe do movimento.
As mobilizações ocorrem nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Paraíba, Goiás, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Pará, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Nesta quarta-feira, seis rodovias estaduais e federais em Aracaju (SE) foram bloqueadas. No Distrito federal, cerca de 100 famílias de sem terra ocuparam uma fazenda da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Na Paraíba cinco rodovias em diferentes pontos do Estado foram bloqueadas. Em Porto Alegre (RS), cerca de quatro mil camponeses (Vila Campesina) protestam em marcha nas ruas da cidade e em Maceió (AL) quatro mil trabalhadores sem terra também estão em marcha.
No Paraná, cerca de 38 organizações e movimentos sociais realizam o fechamento de rodovias estaduais e federais. No Rio de Janeiro, 500 famílias camponesas participaram da ação que interditou algumas da principais rodovias do Estado.
Em Santa Catarina, mais de seis mil trabalhadores se mobilizaram no trevo da BR 166, no município de São Cristóvão do Sul. E em Pernambuco, oito rodovias foram bloqueadas por dois mil trabalhadores rurais sem terra. Em Natal (RN), 400 manifestantes deste movimento ocuparam uma agência da Caixa Econômica, informa o MST, destacando que em outros Estados as mobilizações estão em curso e foram iniciadas no dia 4, quarta-feira da semana passada..