Maluf é suspeito de irregularidades por conta de um depósito feito de US$ 1,7 milhão em uma agência do Crédit Agricole, da França. Em 2003, ele chegou a ser convocado pela Justiça em Paris para prestar esclarecimentos por conta do dinheiro.
A suspeita é de que o dinheiro poderia ter sido fruto de desvios em obras viárias de São Paulo quando Maluf foi prefeito, nos anos 90.
O Ministério Público Federal confirmou que enviou um representante para acompanhar o caso em Paris e, segundo fontes consultadas, num primeiro momento ocorreria uma audiência preliminar. O processo está marcado para o Tribunal de Grande Instância, na tarde da sexta-feira.
Nesta fase do processo, o Ministério Público e advogados do Maluf vão apresentar seus argumentos e pedidos de produção de provas.
A partir desse momento, será marcada audiência de instrução e julgamento.
Ainda assim, existe a possibilidade de que a audiência de sexta-feira seja adiada, já que até o início da semana uma das partes não havia sido encontrada para que fosse notificada.
A lei francesa prevê dez anos de prisão e mais de R$ 2,5 milhões em multas se Maluf for condenado pelo crime de lavagem de dinheiro.
Essa não seria a primeira vez que ele é processo na Europa. Há três anos, a corte da Ilha de Jersey o condenou a restituir US$ 32 milhões à Prefeitura de São Paulo, depois que considerou que o dinheiro era fruto de corrupção.
Na Suíça, Maluf também foi derrotado nos tribunais ao tentar evitar que seus dados bancários fossem transferidos ao Brasil..