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Estado de Minas

Temer desembarca em BH para participar de evento no lugar de Dilma

O cancelamento da vinda de Dilma a BH aconteceu no fim da tarde dessa quinta-feira. O motivo alegado pela assessoria da presidente foi o estado de saúde da mãe de Dilma, de 90 anos


postado em 13/03/2015 10:02 / atualizado em 13/03/2015 15:55

A ministra Cármen Lúcia durante discurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A ministra Cármen Lúcia durante discurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O vice-presidente da República, Michel Temer,  desembarcou na Base Aérea da Pampulha, em Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira para participar, no lugar da presidente Dilma Roussseff, do 102º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça, na sede do judiciário mineiro, no Centro da capital. Até o fim da tarde dessa quinta-feira (12), a presença de Dilma na cidade para participar do evento estava confirmada. O cancelamento foi justificado pela assessoria da presidente em função do estado de saúde de dona Dilma Jane Coimbra, de 90 anos, que estaria doente, obrigando a presidente a permanecer em Brasília para cuidar da mãe.

Coincidência ou não,  o cancelamento da vinda de Dilma a BH acontece depois de ela ter sido alvo de vaias em protestos  contra o governo desde o último domingo (8), com panelaços, apitaços, buzinaços em prédios localizados na zona Sul das principais capitais do país. A manifestação do domingo aconteceu ao mesmo tempo em que ela falava em cadeia de rádio e televisão para pedir paciência com a crise econômica do país. No dia seguinte, Dilma voltou a sofrer novas vaias. Desta vez, em São Paulo, onde visitou uma feira da construção civil.


Protesto em BH


Nesta sexta-feira, manifestantes convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação dos Trabalhadores da Petrobras  fizeram uma marcha em favor da estatal, na BR-381, em direção à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O protesto começou a partir da 5 horas da manhã com o desembarque de três ônibus dos manifestantes em um posto de gasolina a dois quilômetros da Regap.

Apesar de os organizadores afirmarem que o ato não tinha ligação direta com Dilma, mas a favor da Petrobras, dos direitos dos trabalhores e pela reforma política, ele cancelaram, para evitar confronto com descontentes com o governo Dilma, a manifestação prevista para a Praça da  Cemig, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O motivo alegado para o cancelamento foi a coincidência de horários da manifestação e da visita da presidente a Belo Horizonte.  Ficou mantida, no entanto, a manifestação das 16 horas, nesta sexta-feira, na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte, que fica próxima  à sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde acontece a solenidade na manhã de hoje.

Solenidade

O vice presidente Michel Temer chegou à sede do TJMG, onde já estavam  no local o governador de Minas Gerais,  Fernando Pimentel,  e o prefeito de Belo Horizonte,  Marcio Lacerda. A Comitiva de Temer foi recepcionada por cerca de 20 manifestantes, que jogaram ovos contra os carros da comitiva do vice.


No encontro dos 27 presidentes dos tribunais de Justiça do país, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia Antunes Rocha, fez um balanço da campanha “Paz nossa justa causa” lançada em todo o país.

Iniciada por Cármen Lúcia em janeiro deste ano, a campanha “Paz Nossa Justa Causa” tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para a problemática da violência contra a mulher. A mesma iniciativa irá se repetir em agosto, aniversário da Lei Maria da Penha, e em novembro, quando a Organização das Nações Unidas comemora em todo o mundo o Dia da Não Violência contra a Mulher.

Preconceito


Para o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Pedro Bittencourt, uma grande causa justifica a solenidade desta sexta-feira. "Lutar contra o preconceito. lamentavelmente o preconceito de gênero encontra ressonância", disse Bittencourt.

O presidente do TJMG destacou que inúmeros casos de violência contra a mulher acontecem sem divulgação. "Enquanto imperam esses casos, o Estado precisa tomar providências", advertiu Bittercourt, lembrando ainda que "cada um precisa fazer a sua parte", enfatizando que as leis Maria da Penha e a do feminicidio, sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, representam avanços para  ajudar no comabte à violência contra a mulher.

A ministra do STF, Cármen Lúcia Rocha, destacou que o evento de hoje não significa o final da campanha de combate à violência contra a mullher. Para a ministra,  a solenidade deve representar também o início da reflexão sobre "o judiciario que queremos ter". "Não aposto mais em reforma do poder judiciário. Não é mais hora de reforma, mas de transformar o poder judiciario. Fazê-lo chegar ao século XXI", afirmou a ministra.

Temer

O vice presidente Michel Temer  disse na abertura do discurso, durante a solenidade  no TJMG, que a presidente Dilma Rousseff "teria imensa satifação em estar aqui presente". Após o breve registro para justificar a ausência de Dilma, Temer ressaltou a importância do evento. "Com esta campanha (“Paz nossa justa causa”) o que se busca é o que é justo. As mullheres vêm sendo objeto de preconceitos há muito tempo, é secular", afirmou o vice.

Vice-presidente Michel Temer, governador Fernando Pimentel e prefeito Marcio Lacerda participam do 102º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Vice-presidente Michel Temer, governador Fernando Pimentel e prefeito Marcio Lacerda participam do 102º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


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