Ipatinga, Divinópolis, Timóteo, Governador Valadares, Pouso Alegre, Juiz de Fora e Curvelo são algumas das cidades do interior de Minas Gerais que registraram manifestações contra o governo de Dilma Rousseff neste domingo. Na capital do Estado, a Polícia Militar estimou em 24 mil o número de pessoas que se reuniram para o protesto marcado para às 9h, na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul.
Em Curvelo, houve caminhada dos maçons. Eles saíram da Loja Maçônica da cidade, desceram a Avenida Dom Pedro II até a Matriz e voltaram à Praça da Estação.
Em Montes Claros, no Norte do estado, moradores fizeram uma passeata contra corrupção na avenida Deputado Esteves Rodrigues, conhecida como "avenida Sanitária", ponto de restaurantes e barzinhos da cidade. Segundo a Policia Militar (PM), o ato reuniu cerca de 1 mil manifestantes e teve a participação de pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Boa parte dos participantes foi formada por pessoas da classe média, pequenos empresários e profissionais liberais.
A caminhada começou às 11h30min e terminou por volta das 13 horas. Os manifestantes partiram de um ponto da avenida Sanitária, próximo da prefeitura. Tendo a frente um carro de som, eles percorreram cerca de um quilômetro pela avenida até em frente uma praça, onde houve uma parada, com discursos contra o governo petista, contra a alta dos impostos e, principalmente, contra a corrupção.
Depois, o grupo retornou ao mesmo ponto de partida, passando pelo outro lado da avenida. A policia acompanhou os manifestantes de perto, controlando o trânsito, sem registrar nenhum incidente.
Durante o protesto foram exibidos faixas e cartazes, mostrando a insatisfação contra a atual situação do país. "Triste a nação que perde a capacidade de se indignar contra a corrupção", dizia um cartaz. "Basta de corrupção e de impunidade", era destacado em outra faixa."A corrupção adoece uma nação", dizia outra mensagem.
Também não faltaram mensagens de apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável processo da Operação Lava-Jato, que desmontou o esquema de corrupção na Petrobrás. "O povo não aguenta mais tanta coisa errada. Um partido assumiu o poder e faz muita errada, pensando que o povo é bobo. Por isso que temos que reagir", disse o aposentado Silvano Fonseca, de 52 anos.
Outro que foi para a rua para mostrar sua indignação foi o engenheiro Cassiano Brito, de 23 anos. "Vim para a rua porque tempos que protestar contra a Dilma, contgra o mensalão e contra o petrolão". O empresário Clemente dos Santos estava no movimento e constatou que o país está precisando de mudanças. Ele disse que não defende o impcheament da presidente Dilma Rousseff.