Mais de 50 mil participam de protesto em Brasília, segundo a PM

Ao contrário das manifestações de junho de 2013 e dos protestos durante a Copa do Mundo de 2014, o movimento hoje não é marcado por confrontos com os policiais militares

- Foto: CB/D.A.Press

Mais de 50 mil pessoas participam da manifestação contra o governo em Brasília, segundo o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Claudio Lemos. Ao contrário das manifestações de junho de 2013 e dos protestos durante a Copa do Mundo de 2014, o movimento hoje não é marcado por confrontos com os policiais militares. Pelo contrário, alguns manifestantes carregam faixas de apoio à PM e outros tiram fotografias com os policiais.

Na frente do Congresso Nacional, onde há um cordão de isolamento formado pela PM, as pessoas estão respeitando os limites colocados pela corporação. De acordo com os bombeiros, dois manifestantes precisaram receber atendimento no gramado do Congresso devido ao forte calor.

Ao longo da Esplanada, diversos ambulantes vendem água, refrigerante e cerveja. Outras barracas vendem sanduíches diversos e pipoca.

Força Sindical

Representantes da Força Sindical pegaram carona em um protesto em Brasília para pendurar bandeiras em um caminhão de som e se juntar aos manifestantes neste domingo (15). O carro de som, alugado pela Associação dos Desempregados e Empregados do Polo Naval do Rio Grande do Sul (Adepon), carregava bandeiras da Força em meio às manifestações. Responsável pela Adepon, Gilmar Gonzaga disse que representantes do sindicato procuraram apoio da associação e pediram para que suas bandeiras fossem penduradas.

"Não temos nenhuma ligação com esse pessoal da Força Sindical nem qualquer outro sindicato. Viemos aqui absolutamente independentes para protestar", disse Gonzaga, que lidera cerca de 250 pessoas que saíram do Rio Grande do Sul na sexta-feira.
Eles devem permanecer em Brasília até quarta-feira, para outras manifestações locais.

Ninguém da Força Sindical foi encontrado para comentar o apoio às manifestações contra o governo. Logo após ser questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as bandeiras da Força Sindical, representantes da Adepon retiraram o material de propaganda pendurado no caminhão.

Militares

Como acontece em diversas cidades do País, movimentos radicais também pedem a intervenção militar em Brasília. Poucas pessoas dão atenção para esses manifestações, marcadas por discursos radicais.

Manifestantes ainda estão de frente para o Congresso, com apitos e buzinas. A maior parte dos manifestantes, no entanto, já foi embora. Organizadores de dois carros de som que ainda estão no local afirmaram que vão permanecer no local até as 16h.


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