Nove carros de som estão espalhados pela avenida Paulista neste momento. O maior carro é um trio elétrico do movimento Vem Pra Rua, que está estacionado de forma perpendicular à Paulista, na esquina com a Pamplona. Cem metros adiante, entre a Pamplona e a Peixoto Gomide, está o carro do Movimento Endireita Brasil, que levou um boneco de Lula na prisão. Mais adiante, na esquina com a Peixoto Gomide está o veículo do Revoltados Online. A maior concentração de carros de som está nas proximidades do Masp.
Do outro lado, em frente ao parque Trianon, estão três carros de grupos que pedem a intervenção militar: o SOS Forças Armadas, o Intervenção Já e o Quero Me Defender. Entre as ruas Ministro Rocha de Azevedo e a Padre Manoel da Nóbrega, em frente ao parque Mário Covas, está o primeiro de dois carros trazidos pelo partido Solidariedade. O segundo esta em frente ao Conjunto Nacional, próximo da esquina com a Augusta.
Participam do ato pessoas de todas as idades. Um dos manifestantes, o médico Walter Amorim, 65 anos, disse que protesta em favor da democracia e da liberdade. Já o jovem administrador de empresas Diego Vagner, 25 anos, fez questão de dizer que é apartidário e que veio ao ato porque está insatisfeito com a atual situação política e econômica do país. “Acho que o Brasil está acordando para a reforma política necessária”, declarou.
A designer Lia Marques, 52 anos, que é paulista, mas atualmente mora em Maceió, disse que veio para o casamento de um parente e aproveitou a viagem para participar do protesto na Avenida Paulista. “É justo o Brasil se indignar”, destacou. A manifestante lamentou que, depois de ter conquistado credibilidade no exterior, o país comece a perdê-la com as denúncias de corrupção na Petrobras. (Com agências)