Em uma longa reportagem publicada em sua página na internet, o jornal The New York Times assinala que cresce a raiva contra a presidente Dilma Rousseff e que os protestos de ontem "aumentam a pressão sobre ela" no momento em que a mandatária lida com desafios que incluem "uma economia atolada em estagnação, um escândalo de propina e a revolta de algumas das mais poderosas figuras em sua coalizão de governo".
As reações de leitores ao texto, que reproduz declarações de diversos participantes dos protestos de domingo no Rio e em São Paulo, reproduziram a divisão entre os que defendem o governo Dilma e os manifestantes contrários.
"Então o New York Times cita uma estilista de 40 anos no Rio? Legal ouvir a voz do 1% de brasileiros, mas a realidade é que , entre o 99% que se beneficiaram da política econômica e social pragmática e voltada aos pobres do PT, a maioria dos brasileiros, ainda apoiam seu governo", comentou um leitor que se identificou como Anthony.
Já o leitor identificado como Fabiano comentou: "MUITO OBRIGADO New York Times por mostrar o Brasil real para os EUA e o resto do globo. Estamos dizendo 'basta'. A classe média não suporta mais essa situação e uma guerra civil não é uma realidade distante".
A agência Reuters observou que "mais de 1 milhão de brasileiros protestam contra Dilma Rousseff, a economia e a corrupção". Segundo o texto "é pouco provável que Rousseff renuncie ou enfrente os procedimentos de impeachment desejados por muitos oponentes". No entanto, diz a Reuters, que "para uma presidente eleita apenas há cinco meses, os protestos são um sinal de um país polarizado e crescentemente infeliz com sua liderança".
O diário venezuelano El Universal , por sua vez, destacou as declarações do ministro Miguel Rossetto e informou que "Dilma Rousseff responde aos protestos com pacote anticorrupção".