A prisão de Duque pegou de surpresa a cúpula da CPI, que se reunirá em Brasília no final desta tarde. Como pode não haver tempo hábil para deslocar o grupo de deputados até Curitiba, o comando da comissão não descarta a possibilidade de adiar a oitiva de Duque.
Primeiro vice-presidente da CPI, o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) não descarta apelar à Mesa Diretora da Câmara para que revogue um ato antigo que proíbe que pessoas presas entrem na Casa. Isso permitiria que Duque viesse a Brasília sob custódia para prestar depoimento.
Segundo investigadores, Duque é o elo do PT com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. O protagonismo de Duque foi reafirmado na última terça-feira, 10, pelo o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco em depoimento à CPI.
Segundo Barusco, foi Duque quem solicitou a um representante da empresa SBM Offshore US$ 300 mil dólares para financiar a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010. Barusco disse ainda que dividia com Duque 0,5% da propina obtida sobre os contratos firmados por empresas com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ficava com outro 0,5% e 1% era destinado ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa
Esta é a segunda vez que Duque é preso.