Segundo o vice-presidente, assim como nos protestos de 2013, o momento é de o governo tomar providências. "A tônica da conversa (de manhã com Dilma) foi o que o governo pode fazer para atender ao clamor das ruas", afirmou Temer.
Temer conclamou os políticos e não agir com arrogância e agradeceu às citações de seu nome, feitas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e pelo governador do Estado, Luzi Fernando Pezão, como líder importância para atuar na atual crise política. "Não vamos nos impressionar negativamente com os acontecimentos de ontem, vamos nos impressionar positivamente", afirmou Temer, para completar: "O movimento é incentivador de soluções que, sem as reivindicações, talvez não viessem".
Impeachment
Na reunião entre a presidente Dilma Rousseff e ministros, na manhã de hoje, a avaliação foi de que a defesa da saída da presidente foi a demanda de "uma minoria", segundo o vice-presidente Michel Temer, que participou do encontro em Brasília. Temer afirmou no Rio que defendeu, na reunião, que os protestos fazem parte da democracia e devem ser levados em conta por serem reivindicatórios.
"A ideia é de que havia uma minoria que, evidentemente, queria a saída da presidente, mas como fruto dessa inconformidade, talvez, com o governo", afirmou Temer, após participar de almoço com empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O vice-presidente voltou a afirmar que não há preocupação com uma eventual "perspectiva de saída" da presidente Dilma, algo que seria "inadmissível e impensável".
A análise de Temer sobre a onda de protestos no domingo foi de que elas deveriam ser ainda mais levadas em conta do que os movimentos de 2013. "Devem ser lavados ainda mais em conta, não tenho dúvida", disse Temer, quando instado a comparar os protestos deste ano com os de 2013.
"Como esses movimentos já se verificaram em vários momentos no País, temos que estabelecer diálogo produtivo com os vários setores, atentos aos movimentos de rua.
Temer também diminuiu a importância de uma reforma ministerial. "Não sei se reforma ministerial resolve o assunto. Com toda franqueza, vai trocar três, quatro, cinco ou seis ministros, e isso não vai resolver o problema", disse o vice-presidente, para quem uma reforma ministerial não é indispensável..