A força-tarefa que investiga o esquema na estatal petrolífera suspeita que o ex-ministro fazia lobby para o cartel de empreiteiras que se instalaram à Petrobras para assumir controle de contratos bilionários. O lobby seria disfarçado em contratos de consultorias que nunca existiram.
A defesa do ex-ministro informou que a JD Assessoria e Consultoria, sediada em São Paulo, atua desde 2006 'assessorando empresas brasileiras e estrangeiras, sobretudo no mercado externo'.
Em 9 anos de atuação, segundo a defesa, a JD prestou serviços a mais de 50 empresas no universo de quase 20 setores da economia, como comércio exterior, comunicação, telecomunicações, logística, tecnologia cia informação, construção civil, além de vários ramos da indústria, como a de bebidas, de bens de consumo, farmacêutico e insumos elétricos.
A defesa do ex-ministro rebate taxativamente suspeitas que pesam contra a JD Assessoria e Consultoria. "A JD - Assessoria e Consultoria Ltda não é, diferentemente do que aludiu a imprensa após decisão da ilustre magistrada, uma empresa de "fachada" para contratos sem prestação de serviços. Ao contrário, é uma empresa com histórico de atuação, diversificada carteira de clientes, funcionários contratados em regime CLT e contas fiscais apresentadas regularmente à Receita Federal."
A advogada Anna Luiza de Sousa, que subscreve a peça de defesa do ex-ministro, argumenta que a margem dos lucros da JD são menores que a média das empresas de consultoria. Ela afirma que a atividade da empresa do ex-ministro 'é lícita, correspondendo aos contratos assinados e aos serviços realizados'.
"Dessa forma, a JD - Assessoria e Consultoria Ltda não possui nenhuma ligação com qualquer suposta consultoria fictícia às empresas Galvão Engenharia, Construtora OAS e UTC Engenharia para viabilizar a distribuição de recursos ilegítimo derivado da Petrobras", pondera Anna Luiza de Sousa..