A defesa sustenta que a decisão judicial é ilegal porque os fundamentos para ruptura da garantia constitucional "não estão demonstrados claramente pela juíza ou ainda porque os argumentos apontados em sua decisão não são admitidos pelos tribunais".
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o ex-ministro informa que atendeu "cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia".
Segundo a assessoria, a JD - Assessoria e Consultoria atuou de 2006 a 2014 "prestando assessoria a empresas brasileiras e estrangeiras com foco, sobretudo, em prospecção de negócios no exterior".
A empresa atendeu clientes dos setores de indústrias de bens de consumo, telecomunicações, comércio exterior, logística, tecnologia da informação, comunicações e construção civil.
"Do total faturado pela consultoria, 85% foi gasto com o pagamento de despesas fixas e operacionais e recolhimento de impostos. A empresa registrou, em média, lucro mensal de R$ 65 mil. O setor industrial foi o mais atendido pela JD, representando 31,79% do total", destaca a nota da assessoria de Dirceu.
Segundo o texto, o ex-ministro e sua empresa "sempre estiveram à disposição da Justiça e prestaram todos os esclarecimentos solicitados pela 13ª Vara Federal do Paraná no curso da Operação Lava Jato".
O ex-ministro rebela-se contra a quebra do sigilo de sua empresa, ordenada em janeiro pela Justiça Federal.
"Independentemente de não ter nada a temer em relação à transparência da atuação da JD Assessoria e Consultoria, a empresa e seus sócios não podem aceitar a decisão da Justiça de quebra de seus sigilos fiscal e bancário sem respaldo legal. O levantamento do sigilo sobre os autos só torna a decisão de quebra ainda mais grave.".