Já houve uma tentativa de acordo para lançar uma chapa única, mas segundo o prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), isso não foi possível. Tanto que ele continua em campanha e o concorrente Gilmar Machado (PT), prefeito de Uberlândia, enviou cartas aos prefeitos na sexta-feira confirmando sua participação na eleição. “Sentamos para tentar um acordo e ele (Gilmar) chegou a propor um terceiro nome, depois falou que não ia disputar e agora saiu em campanha. Acho legítimo ele querer”, afirmou Antônio Júlio.
O peemedebista afirmou que ainda insistirá em uma chapa de consenso e está disposto até a abrir mão em favor de uma outra via, mas não se mostrou muito otimista. “O PT tem hora que gosta de ir para o embate, como fizeram na Câmara. Eles têm dificuldade de conversar e conciliar.
O líder da minoria na Assembleia, deputado Gustavo Valadares (PSDB), afirmou que seria mais “razoável” ter o PMDB no comando da entidade. “Se o intuito é discutir os interesses dos 853 municípios, atrelar a AMM à questão partidária, nessa situação de radicalismo deles no trato dos adversários, não seria bom. Vejo o PMDB como mais flexível e acessível neste momento”, disse. A recíproca é verdadeira. Em Montes Claros, Antônio Júlio disse que, se eleito, não vai se submeter aos interesses do governo do estado.
O prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT), disse que, junto com o prefeito Arthur (PT), de Luminária, estará reunido na sexta-feira com prefeitos para decidir sobre a eleição, mas se mostrou pouco interessado quando questionado sobre um possível acordo com Antônio Júlio. Ao contrário, ele procurou demonstrar a força de sua candidatura. “Comigo tem vários prefeitos do PMDB e de vários partidos, como PSDB, DEM e PR. A AMM não é uma associação de um partido. Estamos chamando várias pessoas que podem entender outra coisa. O que estamos discutindo é um projeto de uma AMM que seja dos prefeitos, que não haja um instituto mandando, que não seja vinculadas a uma faculdade”, afirmou sem explicar a que estava se referindo.