O Ministério Público da Suíça confiscou US$ 400 milhões de dirigentes da Petrobras, empresas, executivos de empreiteiras e operadores envolvidos na operação Lava-Jato. Os procuradores suíços abriram nove inquéritos criminais por suspeita de lavagem de dinheiro vindo de corrupção.
Na semana passada, a Suíça já havia liberado US$ 120 milhões para o país, dos quais US$ 90 milhões já foram repatriados, ou seja, transferidos para contas do Brasil. Segundo o procurador geral da Suíça, Michael Lauber, o trabalho é feito em cooperação com o Ministério Público brasileiro e tem andado mais rápido em comparação a outros acordos de cooperação internacional.
"Não toleramos o uso do sistema financeiro suíço de forma indevida", afirmou Lauber, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (18/3). "A corrupção e a lavagem de dinheiro são crimes e não devem prevalecer", completou. Ao todo, o Ministério Público suíço já confiscou 5,5 bilhões de francos suíços (cerca de R$18 bi). Esse valor se refere a várias investigações de outros países, não somente a Petrobras.