A secretária de Comunicação da Presidência da República informou no início da noite desta quarta-feira que o ministro da Educação, Cid Gomes, entregou o cargo. Em nota, o Planalto esclarece que o pedido de demissão foi feito à presidente Dilma Rousseff (PT), que aceitou. A nota ainda esclarece que a presidente “agradeceu a dedicação dele à frente da pasta”. Ao sair da reunião com a presidente, Gomes declarou que a declaração dele tornava inviável a permanência no governo. "A conjuntura política me impede de continuar. A minha permanência ficou um contraponto à base. A forma como coloquei as coisas, é óbvio que cria dificuldade para o governo", disse Cid.
Pouco antes do anunício oficial da saída do ministro pelo Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou que foi comunicado por Aloísio Mercadante, da Casa Civil, informando sobre a demissão de Cid Gomes.
O pedido de Gomes para deixar o governo ocorreu após a participação dele em sessão da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira. Em sua fala no plenário, ele disse que os parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem “largar o osso” e ir para a oposição. “Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição.
Ainda na mesma sessão ele subiu o tom e apontou o dedo para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). “Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque”, afirmou.
A participação de Cid Gomes na comissão geral da Câmara foi encerrada repentinamente com um bate-boca entre o ministro e o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ). Ao ser chamado de "palhaço" pelo parlamentar e ter o microfone cortado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cid deixou o plenário e a sessão foi encerrada. Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Cid seguiu direto para reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Com Agência Estado .