Empresa cujos pagamentos declarados somaram o maior valor na lista entregue à Lava Jato (R$ 7,8 milhões), a farmacêutica EMS disse em nota que a prestação de serviços durou quase cinco anos e teve a "finalidade de internacionalização da empresa e a prospecção, expansão e diversificação dos negócios do grupo em outros países". Segundo a EMS, que afirma ter notas e contratos dos serviços, não houve nenhuma irregularidade nos acordos.
Suspeita de integrar o cartel que atuou na Petrobras, a OAS pagou R$ 2,9 milhões à JD de 2007 e 2013. A empreiteira diz que "todos os contratos obedecem à legislação" e vai aguardar o fim das investigações para se manifestar. A Monte Cristalina "esclarece que contratou a JD como um dos suportes para suas decisões de investimentos". A empresa, que repassou R$ 1,6 milhão à firma de Dirceu, afirma que os valores cobrados sempre "estiveram em linha" com os praticados no mercado".
A Ambev confirma que contou com os serviços da JD para assessorá-la em operações na Venezuela, "país cujo ambiente político era sua especialidade". "Na ocasião, o país vivia um clima de incertezas para empresas instaladas em seu território, tendo havido em vários setores fechamento de plantas", argumenta a Ambev, que pagou R$ 1,5 milhão. A reportagem não conseguiu contato com o advogado Alberto Toron, que defende a UTC, responsável por R$ 2,3 milhões.