Brasília - Em meio ao terremoto político provocado pela saída de Cid Gomes do Ministério da Educação (MEC), o Palácio do Planalto prepara uma proposta na área de educação que reverta o cenário político contaminado por notícias desfavoráveis ao governo. O projeto foi encomendado pela presidente Dilma ao ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, quando Cid Gomes ainda estava à frente do MEC.
Ao longo das últimas semanas, Mangabeira tem procurado especialistas de diferentes matizes ideológicos para tratar dos desafios na área de educação. Quer, assim, se cacifar para assumir o MEC, alvo de uma disputa interna do PT, que pretende retomar o controle da pasta.
O plano preparado por Mangabeira abrange a elaboração de uma base curricular nacional e a implantação de escolas de excelência para a formação de professores e diretores.
Apesar das inúmeras tentativas de reverter a onda de más notícias que atinge o governo, a presidente acabou se tornando refém dessa agenda negativa. Desde a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, no início de fevereiro, seguido da retaliação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolveu ao Planalto a Medida Provisória que trata das desonerações das folhas de pagamento de setores da indústria, a presidente tem sofrido inúmeros revezes. Prosseguiu com o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, em homenagem ao Dia da Mulher, que desencadeou um protesto contra a presidente em várias cidades do País.
Mesmo tendo saído do Planalto para viajar, aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente se protege com claques petistas contra hostilidades. E quando o problema não vem das ruas, é atropelada ou pela sua base no Congresso ou pelo seus próprios ministros.
Nesta semana, Dilma viajou para Goiás e Rio Grande do Sul, concedeu nada menos do que três entrevistas à imprensa, lançou o pacote anticorrupção e promoveu cerimônia para encaminhar Medida Provisória da lei de modernização do futebol. Tudo para tentar gerar fatos positivos. Mas, na quarta-feira, o então ministro da Educação, Cid Gomes, travou um embate com deputados na Câmara, que acabou levando à sua demissão.
Para a semana que vem, Dilma se prepara para lançar nova revisão da lei do Supersimples - sistema de tributação diferenciado para pequenas empresas - e programa uma reunião com os governadores do Nordeste.
Ao mesmo tempo, poderá desencadear o processo de escolha do sucessor de Cid Gomes, embora haja quem aposte que Dilma vá deixar Luiz Cláudio Costa como interino por mais tempo. Mas, no início da semana, a presidente tem outro problema a ser resolvido: a permanência ou não do ministro Thomas Traumann, depois da publicação de um documento da Secretaria de Comunicação Social, dizendo que o País vive “um caos político”, que desagradou à presidente. Ele está acompanhando tratamento médico de uma irmã, no exterior.
Nas redes sociais, representantes do movimento negro têm se mobilizado para emplacar no MEC a atual ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes.
Ao longo das últimas semanas, Mangabeira tem procurado especialistas de diferentes matizes ideológicos para tratar dos desafios na área de educação. Quer, assim, se cacifar para assumir o MEC, alvo de uma disputa interna do PT, que pretende retomar o controle da pasta.
O plano preparado por Mangabeira abrange a elaboração de uma base curricular nacional e a implantação de escolas de excelência para a formação de professores e diretores.
Apesar das inúmeras tentativas de reverter a onda de más notícias que atinge o governo, a presidente acabou se tornando refém dessa agenda negativa. Desde a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, no início de fevereiro, seguido da retaliação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolveu ao Planalto a Medida Provisória que trata das desonerações das folhas de pagamento de setores da indústria, a presidente tem sofrido inúmeros revezes. Prosseguiu com o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, em homenagem ao Dia da Mulher, que desencadeou um protesto contra a presidente em várias cidades do País.
Mesmo tendo saído do Planalto para viajar, aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente se protege com claques petistas contra hostilidades. E quando o problema não vem das ruas, é atropelada ou pela sua base no Congresso ou pelo seus próprios ministros.
Nesta semana, Dilma viajou para Goiás e Rio Grande do Sul, concedeu nada menos do que três entrevistas à imprensa, lançou o pacote anticorrupção e promoveu cerimônia para encaminhar Medida Provisória da lei de modernização do futebol. Tudo para tentar gerar fatos positivos. Mas, na quarta-feira, o então ministro da Educação, Cid Gomes, travou um embate com deputados na Câmara, que acabou levando à sua demissão.
Para a semana que vem, Dilma se prepara para lançar nova revisão da lei do Supersimples - sistema de tributação diferenciado para pequenas empresas - e programa uma reunião com os governadores do Nordeste.
Ao mesmo tempo, poderá desencadear o processo de escolha do sucessor de Cid Gomes, embora haja quem aposte que Dilma vá deixar Luiz Cláudio Costa como interino por mais tempo. Mas, no início da semana, a presidente tem outro problema a ser resolvido: a permanência ou não do ministro Thomas Traumann, depois da publicação de um documento da Secretaria de Comunicação Social, dizendo que o País vive “um caos político”, que desagradou à presidente. Ele está acompanhando tratamento médico de uma irmã, no exterior.
Nas redes sociais, representantes do movimento negro têm se mobilizado para emplacar no MEC a atual ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes.