"Às vezes até quem é a favor fica tonto (pelo massacre), porque é uma verdadeira lavagem cerebral. Esse processo todo está em consonância com o clima do País, com a supervalorização das manifestações que a mídia fez. Isso tudo repercute", avaliou. Segundo ele, só o que é contra o governo tem repercussão na imprensa.
Pesquisa divulgada nesta tarde mostrou que a avaliação positiva do Executivo é de 10,8%. A avaliação pessoal da presidente também despencou: 77,7% desaprovam a maneira de governar da petista e só 18,9% apoiam a presidente.
Guimarães disse que "quem lutou contra a ditadura não pode se assustar com a voz das ruas". Ele enfatizou que o processo em curso tende a se estabilizar e que em outras situações, prefeitos com 82% de rejeição se reelegeram. "Qualquer governo tem altos e baixos", resumiu.
O petista disse que a instabilidade atual afeta todos os governantes.
Ajuste fiscal
Nesta tarde, Guimarães anunciou que haverá um esforço para convencer todos os partidos da importância do pacote de ajuste fiscal. Questionado sobre o projeto de regulamentação da reindexação da dívida de Estados e municípios, o líder disse que ainda não há uma posição do governo sobre a matéria.
Ele, no entanto, defendeu que não haja neste momento nenhuma flexibilização em favor de alguns entes federativos, entre eles as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro. "O momento é de vacas magras. Vamos com cautela. O fundamental é preservarmos o ajuste", defendeu.
Sobre a abertura de ação penal contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Guimarães se esquivou. "Esse assunto do PT eu não falo"..