O ato de Cunha - que tirou a proposta da lista de itens que serão votados de ofício - gerou protestos inclusive de aliados do peemedebista, que o acusaram de estar agindo contra a independência do Poder Legislativo e de estar descumprido compromissos.
Embora concorde com a manutenção da fórmula atual de correção do mínimo, que leva em conta a inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, o Palácio do Planalto temia a mesma indexação aos aposentados e pensionistas.
Já o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que Cunha, ao decidir sobre o tema de ofício, quebrou um compromisso público de só retirar itens da pauta após consultar o Plenário. "Estamos desapontados com o presidente", disse.
O peemedebista reagiu e afirmou que não cedeu qualquer pressão. Esse projeto não o iria virar lei até o 1º de maio.
Segundo informou Cunha, o texto da MP não deve trazer uma fórmula de correção para a Previdência. Mas lideranças da base afirmaram que o Planalto ficou de estudar uma proposta que garanta ganhos reais para os aposentados e que deve ser apresentada antes da votação da nova Medida Provisória..