Brasília - A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster disse nesta quinta-feira 26, em depoimento à CPI que investiga desvios de verba na estatal, que a Operação Lava-Jato já traz "muito aprendizado" para a estatal. Ela afirmou que em 2014, a companhia foi surpreendida pela operação da Polícia Federal.
A executiva afirmou que o atual presidente da estatal, Aldemir Bendine, vem fazendo um trabalho intensivo para que a empresa consiga publicar o balanço e "virar essa página", lembrando que está aposentada há cerca de 50 dias e comparece à CPI como cidadã.
Empregos
Graças Foster afirmou ter uma "preocupação absurda" com a manutenção de empregos na estatal em meio às investigações da operação Lava-Jato.
"A operação Lava-Jato levou a Petrobras a determinadas situações preventivas em relação à contratação de empresas apontadas como parte de um cartel", disse, ressaltando que, mesmo em processo preliminar de investigação, a empresa não pode manter os contratos com essas empreiteiras.
Ela afirmou que o governo vem atuando fortemente na busca de uma solução para garantir esses empregos que, segundo ela, chegam a 100 mil postos. "Temos que ter racionalidade. O sonho tem hora que tem que ficar de lado", disse.