A Justiça de Mato Grosso condenou o atual prefeito da cidade de Paranatinga, Vilson Pires (PRP), e o dentista Jorge José Zamar Neto, por atos de improbidade. Segundo o Ministério Público, autor da ação, o dentista foi contratado sem licitação para prestar assistência nas aldeias indígenas Xavante e Bakairi, no município.
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Comissão da Câmara vai analisar PEC sobre demarcação de terras indígenasApós protestar contra Renan, tucano fecha comissão para barrar indígenasLíder indígena é morto a facadas no Amapá; políticos veem ação de garimpeiros"Realizou apenas uma única visita que durou aproximadamente dois ou três dias, bem como, outros 7 atendimentos na sede do município, conforme apurado em procedimento de investigação preliminar, o que representa apenas 4,2% do contrato total", diz a sentença.
Em depoimento, o cacique Darci Uptobre afirmou que o antigo dentista que atendia a aldeia ficava 15 dias no local. Folgava 10 e ficava de sobreaviso em caso de alguma emergência indígena.
"O dr. Jorge sem qualquer consulta à comunidade indígena (…) referido profissional (Dr. Jorge), desde que foi contratado, esteve na aldeia uma única vez, ficando aproximadamente 3 dias (…) que o dr. Jorge também nunca atendeu os índios na sede do município; que o dr. Jorge não trabalhava no atendimento dos indígenas, dentro ou fora da aldeia (…)", disse o índio.
O prefeito e o dentista deverão ressarcir o erário em R$ 39.278,00.
Trata-se de uma decisão de primeira instância. Os réus ainda poderão recorrer. O prefeito e o dentista não foram localizados para comentar a sentença judicial..