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Estado de Minas

Para Aécio, ciclo do PT acabou 'para a felicidade dos brasileiros'

Aécio participou nessa sexta-feira de seminário em Lima, no Peru, onde criou o baixo desempenho do PIB brasileiro


postado em 28/03/2015 06:00 / atualizado em 28/03/2015 09:10

O tucano foi convidado para palestra durante o Seminário Internacional América Latina: Desafios e Oportunidades, organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade (FIL)(foto: CECÍLIA LARRABURE/DIVULGAÇÃO/FOTOS PÚBLICAS)
O tucano foi convidado para palestra durante o Seminário Internacional América Latina: Desafios e Oportunidades, organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade (FIL) (foto: CECÍLIA LARRABURE/DIVULGAÇÃO/FOTOS PÚBLICAS)

Ao comentar sobre a crise no Brasil durante seminário em Lima, no Peru, o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves (MG) afirmou nessa sexta-feira que “o ciclo de governo do PT já acabou, para a felicidade dos brasileiros”. A declaração foi feita em resposta a um questionamento do escritor peruano Álvaro Vargas Llosa – filho do prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa – sobre o mistério do Brasil “que não termina de decolar e que todos os latino-americanos precisamos que decole para que se torne a potência da região, como uma Alemanha”. O tucano foi convidado para palestra durante o Seminário Internacional América Latina: Desafios e Oportunidades, organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade (FIL). De acordo com o tucano, um dos pontos principais da crise é a centralização de poder adotada pelo PT, que classificou como “presidencialismo imperial”.

O tucano afirmou ainda que governos populistas, como no Brasil, “têm muito pouco apreço” por regras de boa gestão fiscal e criticou o baixo crescimento do PIB do país em 2014, cujo índice foi de 0,1%. “ Esta é a herança de um governo que abandonou os pilares macroeconômicos solidificados no governo do presidente Fernando Henrique e nos levou a uma absoluta aventura. E hoje o que existe no Brasil não é apenas uma insatisfação em relação aos vergonhosos casos de corrupção, não é apenas uma enorme indignação com a perda desses pilares econômicos que nos tem levado a esse crescimento medíocre, ao retorno da inflação, à fuga dos investimentos. Há hoje no Brasil um sentimento, que permeia a nossa sociedade, de engodo”, disse.

Em relação à pesquisa CNT/MDA que mostrou que 59% de eleitores apoiando um impeachment de Dilma, disse que “os brasileiros se sentem enganados” e acusou o PT de abdicar de um projeto de país pra ter um “projeto de poder”, estabelecendo o “vale tudo”. Apesar de classificar a crise brasileira como “gravíssima”, o senador Aécio Neves elogiou o ministro Joaquim Levy, em quem reconhece méritos, mas enxerga pouca margem de manobra. “É um técnico extremamente competente, mas está longe de ter a autonomia para fazer a reforma estruturante que o Brasil precisa. O que se apresenta até agora é absolutamente rudimentar. Por mais que se apresente na direção correta. É rudimentar porque se limita ao aumento de tributos e o Brasil já tem uma escorchante carga tributária de mais de 35% do PIB”, afirmou.

Em outro tema discutido no seminário, a relação com a Venezuela, o tucano acusou o governo federal de ser “cúmplice” da escalada de repressão adotada por Nicolás Maduro contra opositores e manifestantes. “Uma das mais dramáticas consequência dos equívocos do governo do PT se dá na política externa.”


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