O pacote tucano terá cinco eixos: fim da reeleição e mandato de cinco anos; voto distrital misto; cláusula de barreira; financiamento misto de campanha; e fim das coligações proporcionais. "O Brasil tem uma última grande oportunidade de fazer uma reforma política que enxugue o quadro partidário. Se não fizermos agora, na próxima eleição teremos 40 partidos no Congresso", afirmou Aécio. "Não há quem possa achar que isso é governável. Infelizmente, o governo vai na contramão do bom senso e estimula a criação de novos partidos, achando que isso enfraquece a oposição e aliados do governo, como o PMDB."
O modelo proposto pelo PSDB para extinguir a reeleição - instituto criado na primeira gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, em 1997 - e criar mandatos de cinco anos manteria as regras para os atuais detentores de cargos, com mudança gradual até que as eleições municipais coincidam com as gerais, em 2022. O voto distrital misto é bandeira tradicional do partido. A ideia vai contra o modelo desejado pelo PMDB, que luta pelo voto majoritário, apelidado de "distritão", e a ideia do PT, que prefere o voto só na legenda, em lista fechada.
Com o distrital misto, metade do Legislativo seria eleito em votação majoritária em distritos eleitorais, e a outra metade seria composta por votação em lista partidária.